Nasceu em 24 de janeiro de 1884 na cidade do Rio de Janeiro/RJ, filho do engenheiro José Freire Parreiras Horta e de Paula Margarida de Figueiredo Parreiras Horta. Formou-se farmacêutico em 1903 pela Faculdade de Farmácia do Rio de Janeiro e, posteriormente em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 21 de janeiro de 1905, defendendo a tese “Contribuição para o Estudo das Septicemias Hemorrágicas”. Trabalhou um ano em São João Del Rei/MG. Entre 1906 e 1907, fez o Curso de Especialização em Microbiologia no Instituto Pasteur em Paris, no Laboratório Marchoux e depois no Dispensário Emilio Loubet. Foi admitido no Instituto Manguinhos em 1909, como pesquisador e assistente interino, a convite do Prof. Oswaldo Cruz, passando a desenvolver seus trabalhos inicialmente no campo da micologia e depois em bacteriologia e dermatologia e no preparo de soros e vacinas contra a peste. Descreveu o parasito piedra negra e estudou a tinha negra palmar e outras dermatomicoses. Em 1911 e 1912 estudou a epizootia de raiva em Santa Catarina apresentando um plano de erradicação que foi aplicado com êxito. De 1912 a 1915 dirigiu a Seção de Veterinária do Ministério da Agricultura. Em 1917 foi nomeado professor catedrático de Microbiologia e Parasitologia dos Animais Domésticos, da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, do Rio de Janeiro. Foi membro titular da Academia Nacional de Medicina (1918). Foi condecorado pelo governo francês com a Medalha de Cavaleiro da Legião de Honra. A convite do Governador do Estado de Sergipe, Graccho Cardoso, transferiu-se para Aracaju em 1923, onde se dedicou à fundação do Instituto Parreiras Horta, instituição que foi criada através da Lei 836, de 14 de novembro de 1922. O Instituto foi inaugurado em 5 de maio de 1924. Em dezembro de 1925, retorna ao Rio de Janeiro, deixando em seu lugar, como diretor da nova instituição, o médico João Firpo Filho. Em 1930 foi promovido a Oficial da Legião de Honra. Dirigiu a cadeira de Clínica Dermatológica e Sifilográfica da Faculdade Fluminense de Medicina. Foi-lhe concedido o título de professor Emérito. É patrono da Academia Fluminense de Medicina e da cadeira trinta e sete da Academia Sergipana de Medicina. Faleceu em 29 de
julho de 1961, no Rio de Janeiro/RJ, com 77 anos.