Nasceu em 4 de julho de 1885, em Laranjeiras/SE, filho do Dr. Fabrício Carneiro Tupinambá Vampré e Mathilde de Andrade Vampré. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 19 de dezembro de 1908, defendendo a tese “Ligeiras considerações sobre as perturbações nervosas e mentais da peste bubônica”. Foi o melhor aluno da sua turma e conquista espaço de honra no Panteão da Faculdade de Medicina da Bahia, com a conquista do prêmio Prf° Manoel Victorino Pereira, instituido em 1892, por ter obtido a maior média global nas disciplinas. Realizou viagem à Europa, onde freqüentou, em Paris, os Serviços de Babinski, Dejerine, Foix, Guillain e Bertrand, bem como outros Serviços famosos na Alemanha. Foi redator da revista “Annaes Paulista de Medicina e Cirurgia”/SP. Escreveu para “O Estado de São Paulo”. Membro-titular da Sociedade de Medicina e Cirurgia de S. Paulo. Alguns escritos: “Hospício do Juquery”, “Um caso de paranoia”, “A tachypnéa na peste bubônica”, “Prophylaxia da lepra”, “Uma epidemia de polynevrites arsenicaes”, “Epilepsia psychica com Syndrome de Stockes”, “Responsabilidade criminal dos epilépticos”. Foi Presidente da Sociedade de Medicina de São Paulo (1921) e sócio fundador da Associação Paulista de Medicina, sendo o seu quarto Presidente, em 1936. Em 1935, com 50 anos de idade, o Prof. Enjolras Vampré demonstrando a sua grande capacidade científica e profissional, conquistou com grande distinção a Cátedra de Neurologia da Faculdade de Medicina de São Paulo, em memorável concurso. É considerado o fundador da escola neurológica paulista. Patrono da Cadeira quarenta e nove da Academia Nacional de Medicina, Patrono da Cadeira trinta e oito da Academia Paulista de Psicologia, Patrono da Cadeira onze da Academia Sergipana de Medicina. É nome de rua em São Paulo: Rua Enjolras Vampré, no
Jardim da Saúde (zona sul). Faleceu em 17 de maio de 1938, em São Paulo/SP, com 53 anos de idade.