Nasceu em 10 de maio de 1859 em Santa Luzia/SE, filho de José Sizenando Leite e Francisca Xavier Dantas de Sousa Leite. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1880, defendendo a tese “Herança mórbida”. Em 1890 diplomou-se novamente, agora pela Faculté de Medicine de Paris. Trabalhou no serviço do Prof. Jean Martin Charcot, famoso neurologista francês, onde se especializou. Relacionou-se diretamente com o prof. Pierre Marie, neurologista, descobridor da doença que descreveu como acromegalia. Escreveu, entre outros: “Leçon sur l’acromegalie”, “De l’acromegalie, maladie de P. Marie”, que foi a sua tese para o doutorado em medicina pela Faculté de Medicine de Paris, inclusive citado por Victor Cornelius Medvei, no seu livro The History of Endocrinology, obra prima da historiografia médica, pela extraordinária descrição da doença. Publicou ainda “Novos estudos sobre a histeria”, “Pathologie nerveuse”, entre outras. Foi membro da Anthropological Society e sócio da Médico-Psychollogical Society, sendo o primeiro brasileiro a contribuir, no exterior, para o conhecimento das doenças hipofisárias e consequentemente para o desenvolvimento da endocrinologia a nível mundial. Ele também foi citado no livro História Geral da Medicina Brasileira, vol.2, de Lycurgo Santos Filho. Retornando à Bahia, abriu consultório e se candidatou à cátedra de Psiquiatria na Faculdade de Medicina para substituir o primeiro ocupante da mesma, Augusto Freire Maia Bittencourt. Venceu o concurso contra João Tillemont Fontes, baiano ilustre. Para sua decepção, o Marechal Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório da República em 1890, nomeou o baiano. Desgostoso com o desfecho, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde passou a clinicar e residir com a família. Foi membro da
Academia Nacional de Medicina. Faleceu em 1925, no Rio de Janeiro/RJ.