Academia revisita obra de pianista

   A vida e a obra da pianista sergipana Helena Abud será tema de conferência na sessão da ASM que acontece dia 14 de abril, às 19 horas, pelo ZOOM. O conferencista é o professor Elias Souza Santos foto).  E quem foi Helena Abud?

 

Helena Abud.jpgHelena Abud

HELENA ABUD, nascida em Aracaju atuou no Rio de Janeiro e construiu sua biografia com o selo do trabalho intelectual e da fibra inquebrantável, levada de Sergipe para ganhar o mundo com sua arte. Além de bem sucedida na arte musical, ela cumpriu outros caminhos e construiu biografias que merecem o destaque do reconhecimento, como a imposição justa das homenagens de que é credora. 

De família de comerciantes sírios, cursou a Escola Normal de Aracaju e antes mesmo de concluir o curso liderou uma campanha pela criação do Jardim de Infância, levando ao Interventor Augusto Maynard, além da idéia, um montante de dinheiro, arrecadado de subscrições voluntárias, produto do esforço de algumas normalistas, empolgadas com a idéia de uma casa de ensino para as crianças menores de 6 anos. O resultado foi a instalação, em prédio especialmente construído segundo projeto de engenharia, que levava em conta preceitos pedagógicos, assinado pelo

Elias Santos.pngProf. Elias Souza

engenheiro Leandro Maciel, que mais tarde faria carreira política e governaria o Estado. 

Além de ver sua idéia vitoriosa, HELENA ABUD ajudou no funcionamento do Jardim, como professora, com seu piano e seu talento. O piano foi instrumento comum nas casas de família e era vendido em casas comerciais, ensinado por vários mestres, como José Sanz, e ela  se tornou exímia pianista, abrindo um curso de piano em Aracaju.

Depois foi para o Rio de Janeiro, casou, em 1942 com o maestro Lorenzo Fernandes, que tinha sido seu professor no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, dirigido por Villa- Lobos, passando a assinar HELENA LORENZO FERNANDES e tornando-se valorizada como solista de muitos concertos, chegando a ser designada Embaixadora da Música brasileira nas Américas.

Nos anos de vida conjugal, até 1948 quando perdeu o marido, o piano e a sensibilidade de HELENA ABUD ganhou destaque no Brasil e muitos países do mundo. Autora de vários trabalhos, traçou o itinerário de sua carreira artística em “Caminhos por onde andei” (Rio de Janeiro: Gráfica Vitória, 1985).

HELENA ABUD morreu no Rio de Janeiro.

 

(Trecho adaptado de Luiz Antônio Barreto)