MANOEL LADISLAU ARANHA DANTAS

Nasceu em 27 de junho de 1810 em São Cristóvão/SE, filho de Polycarpo José de Santa Rita Dantas e Maria Rosa Rita Dantas. Formado pela antiga Escola Médico-Cirúrgica da Bahia em 06 de dezembro de 1832, recebendo o grau de doutor em medicina em novembro de 1835, pela recém criada Faculdade de Medicina. O primeiro sergipano formado em medicina. Em 1866, já em idade avançada, serviu na Guerra do Paraguai, nos hospitais de sangue. Foi “lente” substituto da secção cirúrgica desde 1833 e, posteriormente, professor de patologia externa da Faculdade de Medicina da Bahia entre 1837 e 1873. Médico de grande prestígio na Bahia tendo recebido várias condecorações. Agraciado com o oficialato da Ordem da Rosa, e com o hábito da Ordem de Cristo pelos serviços prestados durante a epidemia de cólera. Foi Presidente interino da Comissão de Higiene Pública e Membro do Conselho da Instrução Pública da Bahia. Teve sua biografia escrita por Alexandre Herculano, publicada em 1881. Publicou “Curso de Patologia Externa”, livro texto para os estudantes de medicina, coisa pouco comum naquele momento, de dezenas de trabalhos e artigos publicados na imprensa da época, entre os mais importantes: “Memória da Faculdade de Medicina da Bahia, ano de 1855”; “As Feridas Envenenadas”; “O Veneno das Cobras”. É patrono da Academia Sergipana de Letras, seu quadro em óleo sobre tela faz parte da galeria dos professores catedráticos e titulares da sala de congregação da Faculdade de Medicina da Bahia, da qual foi o segundo memorialista. Faleceu em 4 de novembro de 1875, em Salvador/BA, com 65 anos. Sepultado no Cemitério da Quinta dos Lázaros, em Salvador.