JOSÉ LOURENÇO DE MAGALHÃES
Nasceu em 11 de setembro de 1831, em Estância/SE, filho do comerciante português Romão Lourenço de Magalhães e Antonia Isabel Fernandes e pai dos médicos Eduardo Fernandes de Magalhães e José Fernandes Magalhães. Recebeu o grau de doutor pela Faculdade de Medicina da Bahia em 15 de abril de 1856, defendendo a tese “Como reconhecermos que o cadáver morreu de afogamento?”. Oftalmologista, também foi especialista, com reconhecimento internacional, em lepra. Dirigiu o serviço de oftalmologia da Casa de Saúde N. S. da Ajuda, no Rio de Janeiro. Trabalhou como oftalmologista ainda em Estância e Laranjeiras, em Sergipe, além de Salvador e São Paulo, onde foi diretor do Hospital dos Lázaros na Colônia de Guarapira. Deu nome à Colônia (Leprosário) de Sergipe. Escreveu vários ensaios sobre oftalmologia: “De l’intoxication porduite par l’instillation dans l’oeil du collyre d’atropine”, in Gazette dês Hospitaux, “Novo processo da operação do simbléfaro (aderência da pálpebra)” in Gazeta Médica da Bahia; “Da Kistiotomia, Cistotomia (abertura do cristalino)”. Presidente da Academia Nacional de Medicina (1895 – 1896). É patrono
da Academia Sergipana de Letras. Faleceu em 23 de novembro de 1905, em São Paulo/SP, com 74 anos.